Um olhar interior...

Terça-feira, 6 de Outubro de 2009

 

 "Desde que existe a morte, imediatamente a vida é absurda. Sempre pensei assim." 

                                                                                                                                           Amália

 

23 de Julho de 1920

6 de Outubro de 1999

 

 

Saudades de Amália

 

 

 

 

 

Gosto de te Ver Assim

Gosto de te ver assim
Gosto de ti ao meu lado
Mas tu não gostas de mim
E andas muito afastado

Gosto de te ver assim
Com qualquer coisa no rosto
A dizer-me que é por mim
Que andas assim bem disposto

Gosto de ter ver assim
A fingir não entender
O sofrimento ruim
Da doença de te querer

Gosto de te ver assim
Mas gostava ainda mais
Que esse assim fosse por mim
Ai Amália, aonde vais...

Amália Rodrigues

publicado por AIMSF às 10:17
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Quarta-feira, 15 de Julho de 2009


 

Vá!

Procure de uma vez o seu destino,

Acabe de uma vez com o desatino,

Acabe de uma vez com meu tormento

Liberta-me de tanto sofrimento,

Liberta-me de uma vez desta ilusão...

 

Vá!

E deixe-me no abandono da saudade,

Vejamos de uma vez a realidade,

Que se tornou a nossa união...

 

Vá!

Prometo-lhe não vou seguir teus passos,

Nem vou lhe implorar um último abraço,

Vou recolher-me no descanso da solidão...

 

Vá!

Mas vá com a certeza de não ter arrependimento,

Procure não lembrar-me com lamentos,

Procure não pensar em ter perdão.

 

 

Gutemberg Landi

 

publicado por AIMSF às 15:11
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Quinta-feira, 7 de Maio de 2009

 

 

As Baleias

 

Não é possivel que voce suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento

Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e a fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Como é possível que voce tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro

Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
 

 

Roberto Carlos

publicado por AIMSF às 10:37
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