Um olhar interior...

Terça-feira, 27 de Outubro de 2009

Sentei-me à beira-mar

 

Sentei-me à beira-mar

O sol batia-me no rosto.

O vento fazia-me arrepiar…

Olhei em teus olhos

Vi-me reflectida em ti.

Suavemente tocaste na minha mão

Estremeci… Corei... Sorri…

Ninguém controlava aquela situação

Ninguém sabia onde ia parar…

Um leve suspiro…

Uma momentânea troca de um olhar…

E tanto que eu te queria dizer…

Dei por mim na tua boca

Um toque… um beijo…

Nada mais ficaria por dizer

Sentias o meu desejo

Era mais do que podias saber…

Queria-te mais que tudo…

E ali ficamos… olhamos o horizonte

Abraçados… longe do mundo

Entre beijos e olhares e carinhos

E palavras sinceras que saíam…

 

É assim que me fazes sentir

É assim que quero estar

Junto a ti… sentir-te… beijar-te…

Estarei a sonhar? Sim, estou…

Mas estamos quase a acordar

E um no outro vamo-nos saciar…

 

 

Ass: Vânia


 

publicado por AIMSF às 14:56
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Sexta-feira, 2 de Outubro de 2009

 

O Beijo Mata o Desejo


«Não te beijo e tenho ensejo
Para um beijo te roubar;
O beijo mata o desejo
E eu quero-te desejar.»

Porque te amo de verdade,
'stou louco por dar-te um beijo,
Mas contra a tua vontade
Não te beijo e tenho ensejo.

Sabendo que deves ter
Milhões deles p'ra me dar,
Teria que enlouquecer
Para um beijo te roubar.

E como em teus lábios puros,
Guardas tudo quanto almejo,
Doutros desejos futuros
O beijo mata o desejo.

Roubando um, mil te daria;
O que não posso é jurar
Que não te aborreceria,
E eu quero-te desejar!   

António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."

 


 

publicado por AIMSF às 16:27
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Terça-feira, 22 de Setembro de 2009

 

Deixa-me Olhar

Noites sem ti
Onde eu me perco
Procuro por mim
Na paixão do incerto
E saber que me amas
Mas mesmo assim
Basta pra ti
Dizeres que sim
Mesmo quando eu vou
Gostares de mim
Pelo o que sou


Deixa-me olhar
Deixa-me perguntar
Se gostas de mim nas noites
Que eu passo sem ti

E sempre que eu te vejo
Perco-me na luz da noite
E sempre que eu te beijo
Fico sem medo do som
Noites sem ti
Onde eu me perco
Procuro por mim
Na paixão do incerto
oh oh
E saber que me amas
Mas mesmo assim
Basta pra ti
Dizeres que sim
Mesmo quando eu vou
Gostares de mim
Pelo o que sou

 

Deixa-me olhar
Deixa-me perguntar
Se gostas de mim nas noites
Que eu passo sem ti
 

Além Mar

 

 

publicado por AIMSF às 16:45
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Sexta-feira, 15 de Maio de 2009

Amar

 

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?


Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de
amor, ou simples ânsia?


Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração
expectante, e amar o inóspito, o cru, um vaso sem flor, um chão de
ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de
rapina.Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas
pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na
concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor.


Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água
implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.


Carlos Drummond de Andrade

publicado por AIMSF às 10:43
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Domingo, 26 de Abril de 2009

 Imagino

Neste exacto momento
em que escrevo estas palavras,
é teu o meu pensamento,
embora tu não o saibas,
em que, num sorriso, recordo
o toque da tua pele
e imagino nos teus lábios
o mais puro e doce mel.
E imagino segredos
e histórias por revelar;
e com a ponta dos meus dedos
anseio em te tocar;
e num tom de voz baixinho
ao teu ouvido sussurrar,
enquanto te faço um carinho,
enquanto leio o teu olhar.
E, logo depois, lentamente
pegar na tua mão;
sentir nela, o teu corpo quente,
sentires nela o meu coração.
E depois suave e doce
afagar o teu cabelo,
como se um poema fosse,
como se pudesse eu escrevê-lo.
Imagino finalmente,
ou talvez seja um desejo,
abraçar-te ternamente,
enquanto provo o teu beijo. 

 

Mythos

publicado por AIMSF às 14:44
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